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Tuesday, May 29, 2012

LEDA AND THE SWAN X LEDA E O CISNE




LEDA AND THE SWAN
by W. B. Yeats



A sudden blow: the great wings beating still
Above the staggering girl, her thighs caressed
By the dark webs, her nape caught in his bill,
He holds her helpless breast upon his breast.


How can those terrified vague fingers push
The feathered glory from her loosening thighs?
And how can body, laid in that white rush,
But feel the strange heart beating where it lies?



A shudder in the loins engenders there
The broken wall, the burning roof and tower
And Agamemnon dead.Being so caught up,

So mastered by the brute blood of the air,
Did she put on his knowledge with his power
Before the indifferent beak could let her drop?

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LEDA E O CISNE

[Tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos]


Súbito golpe: as grandes asas a bater
Sobre a virgem que oscila, a coxa acariciada
Por negros pés, a nuca, um bico a vem reter;
O peito inane sobre o peito, ei-la apresada.

Dedos incertos de terror, como empurrar
Das coxas bambas o emplumado resplendor?
Pode o corpo, sob esse impulso de brancor,
O coração estranho não sentir pulsar?

Um tremor nos quadris engendra incontinenti
A muralha destruída, o teto, a torre a arder
E Agamêmnon, o morto. 
                                       Capturada assim,

E pelo bruto sangue do ar sujeita, enfim
Ela assumiu-lhe a ciência junto com o poder,
Antes que a abandonasse o bico indiferente?


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LEDA E O CISNE

[Tradução de Augusto de Campos]



Um baque súbito. A asa enorme ainda se abate
Sobre a moça que treme. Em suas coxas o peso
Da palma escura acariciante. O bico preso
à nuca, contra o peito o peito se debate.

Como podem os pobres dedos sem vigor
Negar à glória e à pluma as coxas que se vão
Abrindo oe como, entregue a tão branco furor,
Não sentir o pulsar do estranho coração?

Um frêmito nos rins haverá de engendrar
Os muros em ruína, a torre, o teto a arder
E Agamênnon, morrendo.


Ela, tão sem defesa,
Brutalizada pelo abrupto sangue do ar,
Se impregnaria de tal força e tal saber
Antes que o bico inerte abandonasse a presa?



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LEDA E O CISNE
[Tradução de Mario Faustino]




Um golpe súbito: as grandes asas batendo ainda
Sobre a jobem cmabaleante, as coxas acariciadas
Pelas plamuras negras, a nuca segura ao bico,
Ele a mantém inerme, o colo contra o colo.

De que modeo poderão os gagos dedos temerosos
Repelir, de entre as coxas que já cedem,
Essa glória emplumada?
E que fazer o corpo, entregue à urgência branca
Sentão sentir pulsando de onde jaz
O estranho coração?

Um frêmito nos flancos lá engendra
A muralha ruída, tetos em chamas, torre
E Agamenon defunto.

Assim possuída,
Capturada pelo bruto sangue aéreo,
Assumiria o saber dele como seu poderio
Antes que o bico indiferente a deixasse cair?

Tira-gosto