no inverno caminhando em meu
teto meus olhos do tamanho de luzes de
poste, tenho quatro patas como um rato mas
lavo minhas roupas íntimas - barbeado e
de ressaca e de pau duro e sem advogado.
tenho cara de esfregão. canto
canções de amor e carrego aço.
preferiria morrer a chorar. não suporto
a matilha não posso viver sem ela.
inclino minha cabeça contra o refrigerador
branco e quero gritar como
o último lamento de vida para todo sempre mas
sou maior do que as montanhas.
teto meus olhos do tamanho de luzes de
poste, tenho quatro patas como um rato mas
lavo minhas roupas íntimas - barbeado e
de ressaca e de pau duro e sem advogado.
tenho cara de esfregão. canto
canções de amor e carrego aço.
preferiria morrer a chorar. não suporto
a matilha não posso viver sem ela.
inclino minha cabeça contra o refrigerador
branco e quero gritar como
o último lamento de vida para todo sempre mas
sou maior do que as montanhas.
Charles Bukowski