Eu pronuncio teu nome
em noites escuras,
quando os astros vêm
para beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
horas mortas antigas.
em noites escuras,
quando os astros vêm
para beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
horas mortas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais triste que a chuva dócil.
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais triste que a chuva dócil.
Eu vou te amar como antes
em algum momento?
Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se desfaz,
que outra paixão me espera?
Será tranquila e pura?
em algum momento?
Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se desfaz,
que outra paixão me espera?
Será tranquila e pura?
Ah, se meus dedos pudessem
consumir a lua!
Poema: F.G. Lorca
Tradução: M. Chalvinski
Arte: T. Colbie